Melô do MSP – Ô Maria, ô Maria, vamos acabar com essa mordomia

“Melô” é uma espécie de apelido dado a uma melo_dia ou música que representa algo. Tem a melô do caranguejo, do pipoqueiro, do sofredor e agora tem a do MSP!

Tenho uma playlist no Spotify. Ela inclui um samba dos anos 80′.

Chama-se Mordomia, autoria de Almir Guineto.

Se você examinar a letra, entenderá a relação com os MSPs, principalmente os pequenos:

Ô Maria, ô Maria
Vamos parar já com essa mordomia
Ô Maria, ô Maria
Vamos parar já com essa mordomia
É de noite, é de dia chega a sogra chega a tia
Quase sempre é panela no fogo e barriga vazia

De noite eu chego cansado e suado
Quero ir no banheiro está sempre ocupado
A pia está cheia e vazia a panela
A turma lá em casa só fica naquela
Sou eu que aguento o supermercado
Sou eu que aguento o vizinho do lado
E na madrugada ainda sou maltratado

Sério mesmo

É ou não é a vida do proprietário-técnico de um MSP pequeno? Ralando, trabalhando pelos “funcionários” e ainda ganhando pouco, ano após ano?

Li dois livros recentemente:

E é sempre a mesma coisa!

Uma empresa em que todo mundo é técnico. Todo mundo “rema” junto.

E ninguém gerencia. Quer gestão horizontal, mas ela não funciona.

Onde estão?

  • Cadê o Catálogo de Serviços apresentando as relações com o cliente e impondo limites?
  • Cadê as metas pessoais e do time?
  • Cadê os OKRs para dar aquele salto diferencial de qualidade e faturamento?
  • Cadê os gestores que não metem a mão na parte técnica, mas controlam desempenhos, acompanham a saúde do cliente, o lucro bruto, lucro líquido etc.?
  • Cadê a máquina que se move sozinha e não é uma espécie de autoemprego do dono que se resigna com “tenho um negócio”?
  • Cadê as contratações feitas de forma científica e não na base do “gostei desse cara”?
  • Cadê os processos estabelecidos que tranquilizam a todos e onde o time de implantação/onboarding não passa abacaxi pro suporte, que alerta de SLAs quase vencendo, onde o financeiro já sabe a hora de cobrar e…?

Pá de cal:

Depois que o MSP-owner enfim percebe que crescer e escalar depende de processos e automação, toca o telefone: é o dono da empresa cliente.

Imediatamente, o MSP-owner manda parar tudo para atender. E assim, num gesto heroico e desastroso, os processos — e a tal escalabilidade — vão cabisbaixos pras cucuias.

Afff… Assim não dá.

EL Co com olhar revoltado

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