O software tem que ajudar você!

Bem…

Não vou retornar ao velho lenga-lenga: o software (de registro de chamados, em especial) não é o novo Messias.

Sempre fico pasmado ao perceber que muitos esperam que, ao trocar de produto, o recém-adquirido venha resolver todas as dores do mundo (em especial do seu centro de suporte técnico).

Xá-pra-lá, cansei de expor essa ansiedade de gestores e times.

Sim. Um sistema pode se tornar insuficiente para o estágio de maturidade progressiva de um centro de suporte. Será inútil como tentar tirar leite de vaca morta esperar mais dele.

Se presume que o novo seja superior ao anterior, mas…

Superior não significa um grau de divindade e tão somente algo melhor.

Vamos à situação

Quem desenha um fluxo de atendimento – e o mantém atualizado, implementa melhorias contínuas e tal – depende de uma ferramenta de software para agilizar o mesmo.

O fluxo até poderia ser realizado de forma manual.

Exemplo: alguém às 08:00 verifica todos os chamados que ultrapassaram o tempo previsto de encerramento e alerta seus responsáveis.

Mas em tempos de nuvem, metadados, inteligência artificial, seria uma patetice não se aproveitar da tecnologia, ainda mais quando se apresenta tão barata.

Vamos a um caso fictício (ou não).

O fluxo de um centro de suporte prevê abertura do chamado pela ferramenta WEB e que o técnico designado ao atendimento examine:

  • A correta categorização do chamado.
  • O preenchimento do ramal. Se em branco, ele precisa pesquisar em listas internas e atualizar o sistema para facilitar um contato futuro com o usuário.
  • Qual o IP da máquina – útil para acessar remotamente o equipamento.

O problema?

Os técnicos não fazem isso!

Claro, é trabalho burocrático e pouco tem a ver com o problema, o desafio a ser resolvido (sem esquecer que o técnico tem uma lista enorme de usuários pulando em sua frente e pedindo atenção a seus contratempos).

É bonito no Bizagi, mas na prática, a turma envolvida não está nem aí.

Onde entra a ferramenta?

Ela pode fazer tudo isso!

chorei as pitangas por uma ferramenta de inteligência artificial que analise o texto do chamado e faça uma pré-classificação. Assim o técnico apenas a confirmaria.

O ramal? Busque do Active Directory. Ou faça um mutirão para atualizar todos os números no sistema de registro de chamados.

Dessa forma quando o técnico precisar, estará à sua disposição. Uma força-tarefa que aumentará a produtividade do negócio e do centro de suporte, pois no momento da verdade, o técnico não desperdiça o tempo com atividades bisonhas desnecessárias.

O IP ou endereço da máquina? Caramba, o software não pode fazer isso? Se quando escrevo no meu browser whatismyip.com ele me descobre, qual a dificuldade do sistema para fazer isso também?

Oh sim, um possível empecilho.

O usuário abrir o chamado em outra máquina já que a sua não funciona. Mas isso se resolve.

Se a categorização envolver “máquina parada” é um tanto notório que acesso remoto não será a solução, salvo para o estagiário de vidadesuporte.com.br (visite, vale a pena).

Basta documentar no fluxo de atendimento. Aliás, isso é um processo. A aplicação de um ciclo PDCA sobre ele – como visto nestas linhas anteriores – o torna cada vez mais eficiente. E eficaz.

Mais?

No fluxo em questão, o técnico deve perguntar ao usuário:

  • Desde quando esse problema acontece?
  • Se ocorreu antes?
  • Somente em uma máquina?

Realizar essas questões é útil para realizar um diagnóstico da situação.

Mas, voilà! Trabalhe para nós, software de registro de chamados.

Se este chamado foi aberto para tal categorização, basta o produto pesquisar automaticamente os últimos 30-60 dias por chamados parecidos para este usuário e mostrar ao técnico. Ou até de outros usuários, pois alguma solução poderá brotar deles.

Trabalhe para nós, software!

Está em análise com nosso time de produto

Baaaaaah…

É claro que clientes demandam melhorias. Se o seu produto não faz isso, é preciso contatar seu fornecedor. Afinal, você quer aperfeiçoar seu negócio, seja qual for.

E veja, o fornecedor existe para suprir tais necessidades.

Na minha plataforma de cursos – https://4HD.SPACE – um cliente queria mais dados do desempenho dos alunos para montar um projeto de Gamification.

Um arquivo CSV foi preparado para download e em alguns dias o cliente e outros passaram a contar com inúmeros dados extras além daqueles do painel.

Informações como a nota da primeira tentativa da prova. Quando fez. Nota da segunda tentativa. Quando fez. Há quanto tempo não aparece para estudar. E muito mais.

 

Voltando ao fornecedor do software de registro de chamados.

Não aceite a tradicional (e provavelmente verdadeira) evasiva “está em análise com o time de projetos/produtos/etc.”.

Determinados fornecedores são mais ensebados que telefone de açougueiro, kkk.

Quem não chora, não mama!

Ligue, mande email, reúna-se em grupos de usuários. Incomode mais que cisco em olho.

Chore com o fornecedor e libere toda sua criatividade em frases do tipo:

  • Sinto-me abandonado por vocês, preciso que me ajudem.
  • Eu defendo a marca de vocês aqui dentro!
  • Quero usar toda a plataforma, mas assim fica difícil, como vou convencer meu chefe?
  • Quero ser a vitrine do produto.
  • A gente é bom pagador (se não for, esquece essa, haha).

E por aí vai.

Mas se essas reivindicações expressas de forma elegante não funcionarem, bem… Mude o tom.

Meu conhecimento

A cada dia que passa, envelheço um pouco mais.

Santa sabedoria, Batman!

Provavelmente ano que vem, meus cursos de gestão serão alternados em:

  • versão presencial em Porto Alegre
  • versão online

Porém, você sempre encontrará meu conhecimento na plataforma https://4HD.SPACE.

Lá, alimento periodicamente mais e mais cursos para me perpetuar e permitir ao seu time de atendimento ser mais produtivo e atencioso com seus clientes.

Abração a todos,

EL CO

Ah, finais de semana… Ansiosamente esperados para passeios com a Gorda (Valéria, minha moto). Veja a travessia do rio das Antas numa balsa movida… À força humana!

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