Ignorância pluralística no Service Desk

Domingo, lia uma obra no Kindle e no meio de um parágrafo, apareceu essa expressão: ignorância pluralística.

Oiá, foi um pataço nos peito!

O chimarrão — porque domingo sempre hay — quase se estrambelhou janela afora de medo. E a poltrona Berger em que estava sentado se encolheu de pânico.

Fiz algo que não devo — largar a leitura no meio para investigar algo — e me botei a pesquisar.

E encontrei a definição:

O conceito de ignorância pluralista é oriundo da Psicologia Social, onde, membros de um grupo, em uma situação ambígua, tendem a seguir a maioria, ou seja, mediante um comportamento consensual percebido em um grupo, adotam o mesmo comportamento, em vez de pensar e agir sob suas próprias conclusões, valores e perspectivas.

O exemplo do livro Humanidade: Uma história otimista do homem Humanidade de Rutger Bregman, o qual lia no domingo, foi:

Dan Ariely, psicólogo da Universidade Duke, certa vez fez uma brilhante demonstração durante numa aula. Para explicar seu campo de economia comportamental, apresentou aos alunos uma definição que parecia extremamente técnica.

O que os estudantes não sabiam, porém, era que todos os termos usados haviam sido gerados por um computador e amontoados numa série aleatória de palavras e sentenças para produzir uma algaravia sobre a “teoria dialética enigmática” e o “racionalismo neoconstrutivo”.

Os alunos de Ariely – estudantes de uma das mais renomadas universidades do mundo – ouviram, arrebatados, sua miscelânea linguística. Passaram-se minutos. Ninguém riu. Ninguém levantou a mão. Ninguém deu qualquer sinal de não ter entendido.

“E isso nos remete à grande questão…”, concluiu Ariely. “Por que ninguém me perguntou de que m#®d@ eu estou falando?”

Entre os psicólogos, o que aconteceu naquela sala de aula é conhecido como ignorância pluralística – e, não, este não é um termo gerado por uma máquina.

Individualmente, os alunos de Ariely acharam sua narrativa impossível de ser acompanhada, mas, ao verem os colegas ouvirem com atenção, consideraram que o problema era deles.

Hahahaha, captaram?

Esse conceito no ambiente de Suporte Técnico

Fui ao ChatGPT e pedi para gerar 5 frases com esta ideia, misturando ITSM e inteligência artificial, termo da moda. Imaginem um palestrante falando coisas como:

  • A intersecção da otimização de fluxo de trabalho de ITSM com redes neurais convolucionais inaugura uma era de sinergia hiperbólica, onde a autopoiese dos sistemas de informação transcende a linearidade da gestão de ativos de TI tradicional.
  • No labirinto da gestão de serviços, a fusão entre algoritmos genéricos de IA e a racionalização de processos ITIL desencadeia uma simbiose de auto-organização, redefinindo os paradigmas de eficácia operacional por uma malha de inteligência adaptativa.
  • A integração da análise preditiva baseada em IA com o framework de governança de ITSM evolui para um mosaico de retroalimentação contínua, desafiando a compreensão normativa das métricas de desempenho via uma perspectiva de otimização fractal.
  • O casamento entre aprendizado de máquina não supervisionado e estratégias de gerenciamento de mudanças de ITSM desdobra-se em um continuum de eficiência paradoxal, onde as dimensões de análise de dados e automação de processos se entrelaçam em um emaranhado de complexidade cognitiva.
  • A convergência de sistemas de IA autoaprendizagem com a metodologia de entrega de serviços de ITSM estabelece um campo de atuação de inovação disruptiva, onde a interação entre algoritmos preditivos e gerenciamento de capacidade desafia os limites da arquitetura de serviços de TI em uma esfera de ambiguidade operacional.

OK, algumas delas são exageradas — lembre-se que a maior parte do treinamento do ChatGPT é em inglês e ele meio que traduz expressões para o português antes de nos apresentar. Alguns termos comuns no mundo anglófono (Houaiss: que ou aquele que fala inglês, como primeira língua ou não) não o são por aqui.

Sugestão

Por isso, minha sugestão: banque o ignorante. Não tenha vergonha.

Ruim é ficar mais atrapalhado que sapo em dia de granizo!

Levante a mão e diga: “Não entendi. Poderia explicar de forma mais simples?”

É o que sempre faço, pelo menos.

E digo mais!

RECOMENDAÇÃO 1

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Além disso, haverá um debate sobre a cautela necessária com os fornecedores de software de registro de chamados que integram essas inovações em seus produtos.

E tudo explicado de forma SIMPLES!!!

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Abração a todos,

EL CO

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