Não deixe seu motor (en)gripar

É uma situação inusitada.

O”Œ Corona ví­rus não é tão letal.

Mas ele tem rápido contágio e gera um grande gargalo de atendimento na área da saúde, a principal envolvida. Em especial, demanda uma súbita quantidade de leitos nos hospitais para os casos mais graves.

Segundo a Teoria das Restrições (TOC), o melhor é produzir menos se a parte mais adiante na linha de produção da “fábrica” não consegue dar conta do recado.

É minha analogia modesta do momento atual.

A TOC foi descrita no livro A”Œ”Œ META, do autor Eliyahu M. Goldratt, onde ele expõe as consequências de se produzir demais quando a próxima fase não consegue dar conta desse volume.

Obra recordista em vendas de todos os tempos, A Meta mostra a Teoria das Restrições (TOC) aplicada ao funcionamento de uma indústria, questionando seu funcionamento e a solução de seus problemas como atrasos na produção e baixa receita.

Esta teoria, desenvolvida por Goldratt, pode ser aplicada em organizações, como bancos, hospitais, e até no ambiente familiar.

É como produzir, produzir, produzir pneus e a linha de montagem não ter velocidade suficiente para usá-los.

É o que acontece com o ví­rus atual.

Se não ficarmos em casa, vamos proporcionar que muita gente fique infectada. Assim, várias dessas pessoas precisarão de atendimentos especiais e até ventilação mecânica em UTIs.

Só que não temos tantos leitos para isso.

Home Office

Muitos profissionais foram orientados para trabalhar Home Office pela primeira vez na sua vida.

Não é de se iludir que um ou outro (ou muitos) sempre torceram por isso.

Acordar um pouco mais tarde. Não precisar embarcar em dois trens/ônibus para chegar ao serviço. Não pegar chuva, não se molhar.  Economizar com almoço, comer em casa.

Porém…

Trabalhar em/de casa tem umas roubadas. Eu compartilho duas experiências minhas.

Computer Associates – a primeira vez

Fui o primeiro agente comercial da Computer Associates no Rio Grande do Sul.

Na época, para não gastar muito com aluguel de escritório e infraestrutura fí­sica (que viria acontecer depois com o Vicente, meu sucessor)”Œ a empresa bancou móveis na minha casa.

E a vida era bem como descrevi anteriormente.

Eu eventualmente saí­a para visitar clientes, fazia ligações de casa etc.

Mas quando batia a frustração decorrente de algum cliente rejeitar um contrato ou visita, ou postergar a decisão de usar algum produto ou situações adversas…

Caramba, não tinha pra onde fugir. Era “soneca” de 2 horas. Era um tanto a mais de televisão e…

O resultado era uma produtividade baixí­ssima.

As distrações de smartphones, aplicativos, Youtube etc. ainda não existiam.

Mas já tinha rádio e a televisão. E era para eles que eu “fugia”.

4HD – minha segunda experiência

Depois de desmontar a operação Fireman (o software de Help Desk mais bem sucedido no paí­s), eu passei a trabalhar em casa.

Não fazia sentido manter um escritório 15 dias fechado enquanto ministrava cursos pelo paí­s.

Só que adotei um modus operandi novo graças às experiências anteriores. Um tanto engraçado precisar desenvolver novos hábitos, mas ajudou a manter uma disciplina e, principalmente, uma produção constante.

Alguns deles:

  • Acordar e levantar no mesmo horário
  • Vestir-me com roupa de trabalho
  • Enfiar-me no gabinete e trabalhar
  • Reduzir as interrupções (celular na gaveta)
  • Adotar o método Pomodoro de controle de tempo
  • Atingir metas:
    • quantidade de ligações para novas empresas feitas à tarde
    • um artigo por semana no blog
    • “x” interações diárias de negócio por e-mail ou rede social e assim por diante

Corona Ví­rus

Nessa nova situação do ví­rus, precisei me readaptar (todos, aliás).

Minhas metas mudaram um pouco. Não faz sentido vender cursos presenciais neste momento.

Então tenho uma meta de produzir o máximo de videocursos possí­veis, além de escrever um livro que está pendente há algum tempo.

E outras que não comento porque são secundárias.

As minhas sugestões para os novatos em Home Office

Vale as dicas acima expostas no cabeçalho “4HD”.

Mas principalmente fuja da televisão – CNN, Globo News etc. e dos portais de notí­cia.

Sim, são informações importantes, mas há abundância de repetição e poucas novidades.

Além de foco em muitas desgraças e picuinhas inúteis como “o artista tal está com corona ví­rus”, “a digital influencer…”.

Siga produzindo…

Uma hora a nhaca acaba e você terá mantido sua produção.

Estará em velocidade de cruzeiro.

Enquanto outros ainda tentando arrancar a lancha cujo motor, por que o óleo ficou parado, “engripou“”Œ, deixando de lubrificar partes importantes.

Abs e tenha fé

~ Cohen

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