O problema de falar “Não me venha com problemas, traga-me soluções”

Oh, yeah…

Há dois anos a Sabina Nawaz escreveu esse artigo na Harvard Business Review que me chamou a atenção:

The Problem with Saying “Don’t Bring Me Problems, Bring Me Solutions”

Ela discorre sobre uma situação muito comum no meio corporativo/executivo.

Muitos gestores aprenderam em livros (ou o que é mais comum, na internet ou no blog de algum evangelista, expressão que meu guru Ricardo Mansur simpatiza) que o importante é estimular seus colaboradores a já virem com soluções quando se defrontarem com problemas.

Você, leitor querido, ao ler esse artigo talvez recorde de algum chefe no passado (?) que reagiu de forma explosiva, brabo feito temporal de final de tarde, exclamando algo como:”Œ

” Eu não pago vocês para apresentarem problemas, mas para resolvê-los“.

Ou coisas parecidas.

Isso sem falar em mais lembranças – se for cavoucar na memória há de encontrá-las  – ou mesmo fábulas engraçadinhas/instrutivas que ilustram tal ideia.

O objetivo do gestor é evitar uma cultura de reclamação; não ser inundado com queixas, lamentos e situações parecidas, só quê…

Só que o resultado é o pior possí­vel.

Por quê, Roberto?

Bem, essa abordagem de “traga-me uma solução” pode os funcionários ficarem paralisados devido ao medo da lambada (Derivação: sentido figurado. censura severa; descompostura, ralho, espinafração), provocando uma cultura de intimidação e…

Permitindo que os problemas surjam só em plena crise.

Essas explosões emotivas do gestor magoam o moral da galera e, muitas vezes, fazem com que os membros de sua equipe percam o entusiasmo pelos projetos e hesitem em mencionar problemas ao seu administrador.

Daí­ o povo, que não é bobo – espero – só fornece boas notí­cias sobre as iniciativas em que trabalha, deixando o gestor “cego” para possí­veis problemas.

Ninguém vai antecipar algo que pode dar errado por quê…

O”Œ coordenador vai exigir que venham com a solução. A cooperação entre o grupo/time para que juntos encontrem uma alternativa para um problema vai pro saco.

A”Œ Sabina apresenta alguns métodos para lidar melhor com tais circunstâncias.

Mas antes vale a frase de Ashleigh Brillian:

“Eu não tenho a solução, mas certamente admiro o problema.”

Faça com que seja seguro expor um possí­vel problema

Ou seja, evite ter um faniquito/chilique/reação teatral diante de uma má notí­cia. Por que senão seu colaborador virá conversar mais encolhido que tatu dentro da casca.

Tá bom, sei que alguns funcionários são eternos mensageiros de desgraças, mas aprenda a lidar com isso. Modifique seu comportamento diante delas.

Bill Gates diz no seu livro “A Empresa na Velocidade do Pensamento”, segundo Sabina, que um dos trabalhos mais importantes de um CEO é ouvir más notí­cias para que possa agir. Discuti-las com outras pessoas ajuda também a examiná-las sob um novo enfoque.

Peça declarações de problemas em vez de reclamações

Os colaboradores precisam aprender a distinguir entre levantar uma preocupação válida ou simplesmente reclamar.

As reclamações são apresentadas em termos absolutos – usam expressões como “sempre” ou “nunca” ”  e não como fatos.

Exemplo:”Œ “A revenda BrasilKatzo nunca resolve os problemas e sempre sobra pra gente” é uma reclamação.

Ele faz uma afirmação absoluta (“nunca”), identifica um vilão e não mostra nenhuma responsabilidade por parte do orador.

As declarações do problema, por outro lado, fornecem dados objetivos, examinam os fatores e causas subjacentes e revelam o papel de todos na criação do problema, mesmo a pessoa que o apresenta.

Uma declaração para o mesmo problema poderia ser:

Nos últimos seis meses, a revenda BrasilKatzo abriu 300 chamados e nos direcionou 250 deles. Já treinamos boa parte dos técnicos dela – quatro dos sete – durante dois dias, mas desse jeito ficamos com sobrecarga de atividades por aqui“.

Quando ocorre a apresentação na forma de uma declaração de problema, é mais fácil identificar o padrão.

Como os apresentadores reconhecem sua parte no problema, você sabe que estão abertos a fazer parte da solução, e não apenas culpar os outros. Isso permite que todos se aprofundem e identifiquem a causa raiz do problema.

Encontre a pessoa certa para resolver o problema

Quando um funcionário lhe traz um problema, considere sua capacidade para resolvê-lo. Se ele puder enfrentar o desafio sozinho, talvez precisem da sua aprovação antes de ir adiante. Ou pode precisar que você o instrua sobre como refletir sobre a situação e ampliar o espectro das possí­veis soluções.

Se o problema estiver além da capacidade de resolução, outra pessoa poderá ser mais adequada ao desafio.

E a última mensagem

Em épocas do ví­rus Corona algumas coisas estão acontecendo: empresas cancelando treinamentos por medo da aglomeração, contágio, disseminação, consequentes ausências etc.

OK. É razoável, mas…

Dessa forma deixam de se capacitar e se tornam menos competentes que a concorrência!

Eu vou lhe apresentar uma solução:

Esse ví­rus não se pega via internet, via EAD!

Que se dane seu concorrente, capacite seu time e passe na frente dele em qualidade de atendimento.

https://4hd.space

Assine algum plano do 4HD.SPACE e treine TODOS os seus colaboradores por um valor único mensal.

Vai nessa, sister ou bro.

See you.

EL CO

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