HDI 2012 — como foi a conferência nacional – parte final

Continuação de minha avaliação e descrição do HDI 2012

Se você perdeu o primeiro artigo, leia-o em HDI 2012 — como foi a conferência nacional sobre suporte técnico

Para quem esteve no evento, percebeu que saltei a cerimônia de entrega da Certificação SCC e também a palestra do Paulo Storani intitulada “Conquista de territórios e mercados – método das UPPs para nossa realidade”.

Bem, em relação à premiação não fui por que não creio que fosse necessário ter plateia espúria para algo desse tipo. Tal certificação, merecida ou não, fica a cargo de fórum í­ntimo entre HDI e os premiados (os quais não sei quem foram).

Em relação ao Storani, me parece que ele estica o conteúdo plenamente vitorioso de sua primeira palestra ao máximo. Ele está na dele, fazendo render sua experiência, mas como já assistira a primeira há dois anos, não quis ir à segunda. Preferi estar na exposição prestigiando os fornecedores que ajudaram a sustentar a realização do evento.

Minha palestra

Puxa, na minha palestra aconteceu um lance azarado. Vim no iní­cio do dia, copiei a mesma para o computador, instalei as fontes necessárias, testei o som etc. Tudo certinho. E durante a tarde o rapaz da mesa de som me disse que o computador a ser utilizado seria outro.

Hahaha, diabos!

Sorte minha que o Rafael – assistente da mesa de som – colaborou para que tudo funcionasse a contento durante a palestra, pois eu tinha quatro ou cinco ví­deos a apresentar.

Um lance que acho chato é o sujeito se auto apresentar.

Fica parecendo que o palestrante está a se gabar lá na frente quando cita seu currí­culo. Outra coisa é que, apesar de nos Estados Unidos ser feito dessa maneira, parece que somos obrigados a começar a palestra num dado momento assim, no mais. Senti falta de alguém ao fundo indicar quantos minutos faltavam para o fim. O palestrante ficar mirando seu próprio relógio é desconfortável para quem assiste e para o próximo.

Bem, quem foi, foi. Quem não foi, pegue os slides num artigo anterior aqui no blog, mas considere que nunca será a mesma coisa que assistir pessoalmente.

(Foto do amigo Diego Alves, a única que tenho da palestra)

Da sequência

Não assisti a cerimônia de entrega do melhor analista de suporte e da melhor equipe externa. Essa ausência sim, me penalizei. Eu deveria ter ido lá. Fiquei a conversar com meio mundo e perdi o passo. Já em relação ao Storani (again and again) eu não tinha motivação, conforme exposto acima.

E risquei ao aeroporto às 17:00, perdendo sorteio etc. E pela primeira vez na minha vida, fiquei duas horas no trânsito de Sampa. Experiência degradante, não fosse a simpatia do motorista a me conduzir.

Da exposição

Caramba, a exposição dobrou ou triplicou de tamanho. Inúmeros fornecedores prestigiaram (e financiaram) o evento. Empresas como CPMBraxis, G2G, PremierTI, IT2B, Automidia, Qualitor, TIVIT, Proxis, IOS, EcoIT, SysAid, Asyst, BusinessStation e outras (sei lá se esqueci alguma).

Das conclusões

  • O HDI está sem concorrência de eventos na área de suporte. Isso gera certa folga que faz desprezar a inovação. Foi o que percebi. Porém, quero destacar que organizar um evento dessa grandeza não é pouca coisa. É literalmente *oda. Pense na seleção de palestrantes, conteúdo, identificação visual, premiação, segurança, ECAD, expositores que chegam atrasados, refeições etc. e a lista será longa.
  • A infraestrutura de refeições foi horrí­vel. Evento casado estilo “contrata local + ecônomo” é jogo duro (se é que foi). O responsável pela comida deixou o HDI na mão.
  • A opção por cases de sucesso não deu certo. Explico: a ideia é boa, mas a prática mostra que poucos técnicos têm habilidade para conduzir uma palestra. A maioria  não consegue cativar a atenção da plateia. Os slides são generosos em texto e quadrinhos, contrariando a prática moderna de apresentações. Claro, quando o espaço era aberto para perguntas eles se transformavam em gigantes, mas a essa altura muita gente já saí­ra da sala.
  • O espaço atual não comporta mais exposição e conferência. Tá ficando apertado, haha. Que bom, que bom!!!

A minha conclusão mais pertinaz: os palestrantes estão se repetindo. O Kirk viera há alguns anos. Ele citou em sua palestra o mesmo livro que seu pai lhe deu. Sei lá se o HDI USA obriga o HDI Brasil a contratar “x” gente de lá a cada ano. Daí­ pensei que o Paulo Storani fora um sucesso anteriormente, mas chamá-lo novamente? Nesse Brasil gigante não teriam mais palestrantes?

E então a conclusão mais frustrante e dolorosa de todas: eu também estava em meu terceiro congresso como palestrante.

Apesar de meus conteúdos terem sidos todos diferentes, era eu novamente. E decidi me afastar em definitivo como palestrante. É preciso dar espaço para novas pessoas. Novas visões.

Eu acho que, exceto a minha palestra e do Ery, presenciamos o mesmo do mesmo. Como vamos renovar nossas ideias e conceitos se ficamos sempre conversando as mesmas coisas?

Um colega que participava a primeira vez me disse: “– Cara, parece uma comunidade tentando se autoafirmar“. Ou seja, nossa comunidade é uma velha a falar sobre “como eram bons seus tempos“, bla bla bla.

De maneira que, ao final de minha palestra, agradeci os presentes e exclamei que seria minha última vez.

Tudo que escrevi aqui não tem o objetivo de diminuir o HDI, mas de fazer as coisas se aperfeiçoarem. Cabe destacar que não fosse essa entidade, permanecerí­amos sem uma oportunidade inigualável de encontrar amigos, assistir palestras temáticas, ver fornecedores etc. Por isso, no iní­cio de meu discurso lá no palco, citei um a um o nome de cada participante da organização.

Eles merecem. E aqui novamente registro:

  • Luiz Couto
  • Thiago de Marco
  • Cí­ntia Caputo
  • Felipe Coelho
  • Daniele Mendes
  • Dennis Velilla
  • Fernanda Araújo
  • Arthur Grandi
  • Izabel Nemec
  • Clovis Rolemberg

Ricardo Mansur

Exceções existem. Sim, esse deve voltar sempre: Ricardo Mansur quando participa de painéis e mesas redondas (que ironicamente não são mais redondas) estende seu brilho para os espectadores. Durante o papo sobre consumerização, ele apanhou uma deixa do coordenador Luiz Couto e compartilhou com todos as suas visões econômicas sobre a Copa do Mundo que vem aí­.

A ele, compartilho com vocês meu ví­deo amador (perdão pelas flutuações da mira… Não me ajeitei direito na poltrona do recinto).

É isso.

Forte abraço a todos aqui do pampa a 13 graus (ao meio-dia).

EL Cohen

 

 

 

 

2 comentários em “HDI 2012 — como foi a conferência nacional – parte final”

  1. Olá amigo!

    Obrigado pelas palavras. Sejam elas de elogios, críticas ou sugestões, são essas ações que nos fazem melhorar.

    Se pegarmos o histórico das avaliações de nosso evento desde 2008, muitas sugestões, ou quase todas, foram executadas. Mas evidentemente, novas surgirão… Storani voltou a pedidos incessantes e numerosos, cases são sempre muito solicitados, etc… Mas iremos sim, sempre, olhar os próximos com muito cuidado. Tenha certeza Bro, nosso evento está só no começo!!! Muito obrigado pela costumeira ajuda, presença e acima de tudo, confiança na gente !!!!!

    Abraços!!!!

    Thiago

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