Nômades da pior idade – Buenos Aires, parte 2

Essa é uma continuação das anotações iniciadas em:

Nômades da pior idade – Buenos Aires

Seguem mais observações de um morador dessa imensa cidade.

Registros

  • Pra ter uma dimensão de Buenos Aires, um milhão de pessoas entram e saem nela diariamente para trabalhar ou realizar atividades. É quase o tamanho de Porto Alegre.
  • Eles têm muitos jornais impressos. E flyers — aquelas publicidades em papel — enfiados debaixo das portas dos prédios, casas etc. Acho engraçado, pois no Brasil foram suprimidos pelos custos (ecológicos?). Mas lembre-se da imensa população idosa.
  • Cachorro aqui é como antes: labrador ou maior. Não sei como moram em apartamento e têm 2 desses!
  • Quase não há sal nas comidas (e nem no churrasco ou na carne!!!). É limão, chumi-chumi, pimenta e outras especiarias para temperar as comidas. Tudo vem sem sal. Ou é no Brasil que estamos acostumados com certo “exagero salino”.
  • Tem cafés, medialuna, pão bom (pão bom!!! sem bromato!!) e confeitarias por tudo. Deveriam ser obesos, mas não. Quase todos são magros. Vai entender.
  • Aliás, falei que o Cabify é o forte aqui. Mas o Uber chegou (e o app é bem melhor). Sem contar a imensa frota de táxis, renovada e aparentemente boa. Os problemas do turista é: a) não saber o valor ao destino e b) a má fama dos taxistas em trapacear.
  • Nunca usamos o metrô. Tem muito ônibus e são diferentes do tipo “escalada” do Brasil (aqueles de degraus íngremes na entrada). E são na altura da calçada.
  • Pepsi! A Coca-Cola não tem vez. Quem é brasileiro pensa que a Pepsi nem existe mais. Mas lembre que é um refrigerante que originou o conglomerado Pepsico, proprietário das marcas Gatorade, Elma Chips, Toddy, Doritos, Seven Up, Quaker e outros produtos.
  • A erva-mate é queimada, amarga e do tipo grossa. E com cara de velha, das que amarelam com o tempo. Só que não, ela é a normal. É no Brasil que a erva passa por um processo final de esverdeamento para parecer bonita (ao gosto do freguês).
  • Falando em moído grosso, o sal também. Não é refinado, é algo granulado. Assim como o café que também não é pó, mas grãozinhos pequenos. Bom igual. Pro meu paladar, ao menos.
  • O ovo!! Aqui, assim como em Sevilha, são grandes e bonitos por dentro. Em Porto Alegre a gente só compra ovo miniaturizado, parece coisa de japonês (leia Miniaturization na Wikipedia).

A inflação deu as caras!

A comida e bebida por aqui estão baratas.

O resto segue preços parecidos com o Brasil ou até mais.

Porém, enviar um cartão-postal tá caro pra cara* caramba!!

Veja os preços:

  • cartão-postal – ARS 800 = R$ 5,33 (conversão Western Union)
  • selo internacional ao Brasil – ARS 1.700 = R$ 11,33
  • selo internacional para Israel – ARS 2.600 = R$ 17,33

O cheiro da inflação está na selagem: foram precisos 5 selos, pois perdem seu valor todo ano.

Ui… Além de caro (algo que era uma lembrança carinhosa), ainda é impossível enfiar os selos no cartão.

Basta

Vale, esta descripción se está haciendo larga. 😉

Abs

EL Co

PS: pra quem gosta, a medialuna dulce custa ARS 100 = R$ 0,60.

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