Nômades da pior idade – Buenos Aires

Creio que alguns “muitos” de vocês estão a me acompanhar no Instagram (@cohenroberto) onde publico fotos da nossa nova “terrinha” por 30 dias.

É Buenos Aires, dando sequência ao projeto de vida iniciado no ano passado em Sevilha: primeiras impressões. Aqui é a cidade do Tango, de Maradona, do River Plate e Boca Juniors, berço da Psicanálise na América do Sul, a Paris da América do Sul e outros apelidos. Merecidos.

Buenos Aires – primeiras impressões de um morador

Ao “turistar”, o comportamento é quase sempre similar: há um tempo exíguo e queremos aproveitar ao máximo visitando “n” atrações turísticas.

BsAs, a capital portenha, tem, contando os arredores, 16 milhões de habitantes — parecida com São Paulo e suas cidades vizinhas.

Os que vêm desejam comer carne boa e barata, beber vinho de ótima qualidade e em conta $$ e conhecer de tudo.  E seguir o tradicional checklist: Café Tortoni, Obelisco, Puerto Madero, Casa Rosada, Livraria El Ateneo, Jardim Japonês, Caminito etc.

Assim, mal se percebe as nuances da vida local.

Das coisas que um morador percebe

Estamos habitando um bairro parte residencial, parte turístico: Palermo Alto. Mas circulamos também pelo centro e outras regiões, algo como Ipanema, Copacabana e cercanias.

Todas as impressões que apresento são relacionadas a esta amostra geográfica e populacional.

Aí vão:

  • A cidade é plana. É possível caminhar bastante sem sofrer como em Porto Alegre que é recheada de colinas e morros (onde somente uma mula – animal forte – sobrevive se decidir caminhar todos os dias).
  • Presumo que pelo aspecto acima, explica-se a existência de muitos homens velhos vivos. Em Porto Alegre, depois de certa idade, sobrevivem somente as mulheres. Aqui, talvez pelo exercício diário, a saúde é beneficiada. Mas ao contrário de Montevidéu, aqui existem muitos jovens também.
  • Muito comércio de rua. Que coisa incrível! Danem-se os shoppings. Quer algo, sempre tem por perto.
  • Todos têm — como em Sevilha — carrinho de feira para ir ao mercado. Quem não tem, carrega sacolas dos mais variados tipos.
  • Tá barato. A cotação pela Western Union (faz um PIX, pega cash numa loja próxima em 10 minutos) dá R$ 1 x ARS 150. Pra ter ideia, uma pizza grande custa R$ 20 e um bom vinho Norton R$ 17 (Academia das Pizzas, 05/09/2023). PQP.
  • Existem kioskos (mercadinhos nas esquinas que vendem todo tipo de chocolate, guloseima e outras porcarias comestíveis). Não sei como não engordam. Talvez por que caminhem muito. Acho.
  • A região onde estamos os prédios são antigos, mas bonitos. Mas não têm garagem. Os carros ficam nas ruas mesmo. Quem os tem.
  • Aliás, falando em carro, o forte é o Cabify (nem existe mais no Brasil). Depois Uber.
  • Todo dia caminhamos 2 km em direção a uma atração turística e voltamos de Cabify.
  • Come-se bem. Empanadas de queijo e cebola são a pedida. Sem falar nas medias lunas. A banana é do Equador. E tem pomelo que ainda não arrisquei por que a última experiência foi horrorosa. Não tem feijão. A gondola de arroz no supermercado contém 2 marcas e olhe lá. Em compensação, a de erva mate tem 5 metros de comprimento por 2 de altura!
  • Todas as esquinas de calçadas têm rebaixo de cimento para cadeirantes. Aliás, as calçadas são ótimas por aqui.
  • Caminho diariamente às 06:00 e vejo ruas limpas. E não sinto sequer um quê de insegurança, levando meu headset JBL naz’orelhas.
  • Quem tem plano Claro (pós-pago) não precisa de chip adicional, pois sua internet funciona aqui como se estivesse no Brasil. Não precisa de chip adicional. A banda larga do nosso AirBnb oferece 250 MB de download. Bem bom pra uma demanda miúda como a nossa.
  • Sábado fomos ao parque da Floralis Genérica, uma imensa flor de aço que se abre e fecha conforme o horário do dia. O mais importante: havia gente fazendo piquenique no gramado sem receber importunações comuns no Brasil: “- Tio, dá um pouquinho? Tem um dinheiro?”. Não vou discutir questões sociais aqui, mas é agradável e civilizado poder desfrutar de um parque escapando dessa situação que, de certa forma, nos leva a ficar encerrados dentro dos apartamentos.
  • Muitas livrarias e lojas de brinquedos. Pelo amor de Deus, como lê e brinca essa gente.

Lembrete

Essas foram as percepções de uma primeira semana de vivência.

Agora, tem algo importante que preciso dizer:

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Abrazon

El CO

PS: Continua em Nômades da pior idade – Buenos Aires, parte 2

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