Sul da Espanha: primeiras impressões

OK, dando sequência a nossos aprendizados como “nômades digitais” por 30 dias em terras estrangeiras, seguem comentários depois de nossa primeira viagem de final-de-semana.

O que fizemos:

Pegamos um ônibus especial que nos levou até o aeroporto de Sevilha. Lá, tomamos posse temporária do nosso Cinquecento que nos levou, sábado, a Cádiz e Gibraltar. No domingo, a Torremolinos, Málaga e Marbella e finalmente, na segunda-feira, a Ronda e Setenil de las Bodegas.

Sevilha antes:

  • Nessa época do ano – outono – ainda rola um calor que chega a 35 graus. Nada diferente do meu Rio Grande do Sul, exceto que a umidade aqui é de 45%. Aí o nariz é o primeiro a apontar a diferença, produzindo uma montanha de cracas. Deve ser por isso que em cada quadra tem duas cervejarias. E uma igreja, mas eu aposto que não tinha gente pra tanta igreja. Só que os reis católicos precisavam prestar contas ao Vaticano, o qual emprestou uma grana pra financiar guerras aqui, outras ali, entonces…
  • Comprei um teclado. Não dá pra trabalhar com tecladinho de notebook, mesmo sendo um Dell 15″. O saco é que o mapeamento de teclas dele é diferente do nosso. Assim, decidi usá-lo como PT-BR e não olhar para ele. Ontem teclo ç está grafado um “ñ”. Se olhar, saio buscando o símbolo pictórico e erro.
  • Horário de trabalho. Tá difícil. A ideia era passear pela manhã – quando aqui é 12:00, no Brazil são 07:00. Só que trabalhar durante a tarde e à noite depois de passar a manhã inteira caminhando num calor dos diachos, não dá. Fora que Sevilha se ilumina à noite (menos quente) e pela manhã não tem nada aberto.
  • Não vimos mendigos. Nem polícia!!! Pode? Caixa eletrônico é na parede de prédio do lado de fora da rua. Mulheres caminham às 24:00 pelas vielas do bairro de Triana ao celular que se fosse no Brasil, PQP. Digo isso por que tenho duas filhas e a preocupação sempre existiu (agora se casaram, a aflição é menor).
  • Chips de internet. Tirei o meu chip da Claro e inseri um da American Chip. Superbem recomendado. Durou um dia, apesar de ter comprado para 30 dias por 76 USD. E como pedir suporte sem internet? Fomos num shopping e compramos outro da vodafone por 20 euros e duração de 30 dias. Funciona em tudo quanto é canto. Só que alguns produtos europeus (cartão Wise, por exemplo), pede confirmação de algumas operações por… SMS! Hahaha, aí é f*. Pra habilitar o chip da Claro, preciso ligar para ela e pagar roaming e não quero fazer isso.
  • Garçom não ganha gorjeta. O salário é bom. O hábito é arredondar a conta. Mas funcionário de loja também ganha bom salário. E pergunto se tem o relógio. “- Acabou.” Então quando chega mais (encomenda de genro)? “- Não sei, o senhor precisa vir todo o dia e ver se chegou.” Não tem Whatsapp a loja? Recebi um simples “- Não”. Ah, VTC. Atende direito, se esforça.
  • Afrescos intactos nas paredes externas dos prédios. Vou chamar de afresco inúmeros conjuntos de azulejos que ficam junto às calçadas nas paredes dos prédios. A maioria tem 1m x 1m e possuem imagens de santas, touradas e quaisquer outras que remetam à história da Espanha. Falo intactos por que nenhum foi pichado, arrancado ou quebrado como “protesto social” tal como se fala no Brazil. Há respeito por isso.

Da viagem a Cádiz, Gibraltar, Málaga, Marbella, Ronda e Setenil de las Bodegas.

  • Estradas perfeitas. E limpas. Teve uma que tivemos medo, pois dizia: “carretera em mal estado de conservação”. Quando andamos por ela, hehe… É como a nossa free-way do RS, a melhor estrada da região.
  • Em todas as cidades há estacionamentos embaixo da terra. Até em Setenil de las Bodegas, um finzão do mundo que não tem nada, só restaurantes sob um rochedo. E sempre limpos, organizados etc. e tal.
  • Em Gibraltar, território britânico a parte turística está meio abandonada. Deixamos o carro no estacionamento do lado espanhol, grudado à aduana. Atravessamos a pé, fazendo todos os trâmites num único minuto e, do outro lado, nenhuma informação turística. Sofremos, pagamos um táxi do aeroporto até o pé do The Rock (nome do rochedo à beira-mar). O aeroporto, aliás, é do lado da aduana. Dá pra ir a pé e tem como curiosidade o fato da pista cruzar uma avenida movimentada parada com semáforos quando um Boeing vem descendo. O passeio turístico pelo The Rock é imperdível.
  • Quase todas as cidades da região do sul da Espanha (não fomos ao norte, não sei dizer) possuem castelos e alcazabas (tipo de palácio fortificado). Volte muuuuito no tempo e lembre que estão no Mediterrâneo onde rolavam guerras e invasões de fenícios, gregos etc.
  • Aliás, suba bastante na caixa em sua academia. Esse exercício fortifica as pernas e nenhuma das quatro resmungou por escalar os 30.000 degraus de escadas dos castelos.
  • Nos pedágios, estacionamentos e vários lugares o cartão Wise foi bem. Pagamento por aproximação ou enfiando na maquineta, tudo tem dado certo, exceto… Em compras online, quando ele envia um SMS como confirmação. Só que… Não habilitamos o chip da Claro para roaming.
  • A região é quente; há muitos turistas de regiões frias da Europa e do mundo. Por isso a cerveja é bastante consumida. Claro, deve haver outros motivos, mas no meu caso, haha, consumi bastante à noite. Em forma de jarra, o que é muito comum, similar ao nosso canecão ou caneca. A esposa se empolgou com o vino de verano que… Parece mais um clight de uva, kkkk.
  • Em Marbella, praia, existem dezenas e dezenas de pequenos bares, tavernas e restaurantes com mesas na rua, a uma temperatura de 26 graus à noite e umidade de 50% (ou seja, não ficamos suados). Convitaço para ficar a noite inteira consumindo e conversando com amigos.

Bueno, tenho que trabalhar.

Vejo vocês semana que vem.

Ah, fotos estão disponíveis no meu perfil – instagram.com/cohenroberto

Vale! (cacoete espanhol para tudo, feito tchê!)

EL CO

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