HDI 2017 RS – parte 3 e última

Última parte da descrição do evento em Caxias do Sul.

Leia o primeiro trecho aqui: HDI 2017 RS – parte 1

Descrevi boa parte das palestras conforme a memória ajudava. Claro, as anotações também colaboraram.

O que apresento agora foi o bate-papo sobre como a inteligência artificial influencia e influenciará o suporte técnico.

Durante o mesmo, e na maior parte das vezes, o assunto derivou para o impacto da IA (Inteligência Artificial) na vida cotidiana.

Os posicionamentos eram bem claros:

  • Eu acho que IA transformará os seres humanos numa raça inútil.
  • Fernando Baldin acredita que o ser humano terá atividades diferentes e utilizará IA para seu benefí­cio (visão dos vendedores de IA, como o pessoal do Google).
  • Gustavo Casarotto acha que a humanidade precisa debater o assunto (o que eu subentendo que está do meu lado, caso contrário não precisarí­amos conversar).

Do desenrolar

Eu não vou falar sobre a versão deles, salvo alguns pitacos.

Somente da minha, muito baseada no livro Homo Deus (do mesmo autor do Homo Sapiens).

Mas obviamente aproveitei para retomar um tema de debate entre eu e Baldin todas as vezes que nos encontramos:

O autosserviço, tão vangloriado para dar mais autonomia e liberdade de horário e local para o cliente. Os exemplos tradicionais são acesso ao banco via internet e também os quiosques de empresas aéreas.

Fiz questão de ressaltar que a verdade sempre foi que as empresas buscaram eficiência às custas do usuário (e isso raramente significou redução de custos e transporte dessa economia aos preços pagos por estes).

Se pensassem em mim, em relação aos quiosques, meu maior prazer seria escapar da fila do quiosque (de qualquer fila!), chegar no balcão do checkin e largar a mala, saindo feliz da vida. Mas quem já foi ao aeroporto de Amsterdam, sabe que lá é o próprio passageiro quem despacha a sua mala, enfiando-a dentro de um tubo (isso depois de enrolar uma fita de identificação na bagagem).

Baldin comentou que sua filha já mexe no Youtube com tenra idade. Que na fase adulta sua atividade profissional será diferente das atuais. Ah, e que os pilotos de avião existem para aqueles momentos em que a máquina não consegue lidar com exceções.

Pra mim tudo bazófia. Ainda não confiamos às cegas nas máquinas, mas eu confio muito menos nos seres humanos, responsáveis por tantos e tantos acidentes.

Watson da IBM já substitui, em parte, tarefas de advogados, juí­zes, médicos, policiais, detetives, etc.

IA vem dirigindo veí­culos autônomos nos EUA. Não só carros, mas caminhões também. E o fantástico de tudo não é a IA propriamente, mas a capacidade de intercomunicação entre os veí­culos (Internet das Coisas) que permite evitar choques, pois eles sabem onde cada dispositivo está em determinado momento. E ah, não se distraem, não fumam, não mandam mensagens, etc. enquanto dirigem.

E o que será deste monte de motoristas de Uber, táxis e caminhões, mr. Baldin? Reciclagem para eles que viveram a vida inteira conquistando seu ganha-pão na direção?

Pronatec o senhor dirá, kkkk.

Minha visão do futuro é funesta

Pessimista.

Dominamos os animais por que eram raças “inferiores”.

Hoje existem menos de 100 lobos na Alemanha, porém lá habitam mais de 5 milhões de cães.

No mundo existem 40.000 mil leões e 60 milhões de gatos.

50 milhões de pinguins e 20 BILHí•ES de galinhas!

Ou seja, detonamos aqueles que não proporcionavam alguma utilidade para nós. E dos que restaram, usamos em experiências e zoológicos. Quem garante que IA não fará o mesmo conosco (Casarotto acha que Skynet não rolará tão cedo, mas o que é “tão cedo”?).

Existem várias microintervenções imperceptí­veis de IA em nossa vida. O Netflix apresenta uma lista de filmes que gostaremos, idem a Amazon. Cursos on-line utilizam-na para corrigir provas e indicar pontos que o aluno precisa estudar mais. Basta entrar no Google e pesquisar “aplicações de inteligência artificial”.

Cinéfilos podem (devem) assistir novamente Matrix; 2001 Uma Odisseia no Espaço; Blade Runner; Ela; a série Black Mirror ou ler o livro Flash Boys. Neste último, ocorrem intervenções “sapecas” nas várias bolsas de valores dos EUA através unicamente de mecanismos de IA.

Lembra há quanto tempo surgiu o iPhone?

Perceba: o iPhone foi lançado há 10 anos atrás. É quase nada.

Veja a revolução que causou em nossa vida. Hoje cada ser humano tem um smartphone e usa-o quase tudo. Quase tudo.

E no suporte técnico já temos os chatbots (que ainda não insipientes e xexelentos, na minha opinião).

Mas tudo é uma questão de tempo para se aperfeiçoarem e alçarem voo, substituindo um buzilhão de gente.

OK, meu guru diz que no iní­cio teremos mais profissionais ensinando os algoritmos sobre o que fazer, mas logo logo nem eles serão necessários.

Claro, existem inúmeras outras aplicações como monitoração de redes, alertas de dispositivos, et.

Você pode pensar que o Cohen é um tanto exagerado, mas o dono da Tesla, Elon Musk, está comigo (ou provavelmente eu com ele). Assim como Stephen Hawking, Bill Gates e Stephen Hawking (um dos maiores professores no assunto, autor do clássico Artificial Intelligence: A Modern Approach).

Visite Por que Stephen Hawking e Bill Gates morrem de medo da inteligência artificial

Sobre a abordagem do Casarotto, “vamos conversar”:

Não rola.

Se tomarmos essa iniciativa, pode ter certeza que enquanto conversamos, a Coreia do Norte, Irã, China, Estado Islâmico ou qualquer outro paí­s ou facção alijada de poder beberá nessa fonte.

Ela (IA) vem.

Vem.Period (ponto final), como escreveriam os norte-americanos.

Agradeço a todos que leram minhas descrições.

E alerto que meu novo livro já está disponí­vel no site www.gamificationhelpdesk.com.br

Gamification em Help Desk e Service Desk

Promovendo engajamento e motivação no século 21 em centros de suporte, Help Desk e Service Desk

Por que games como Pac-Man, Super Mario Bros, Mortal Kombat, Doom, Civilization, The Sims, World of Warcraft, Angry Brids, Farmville e Minecraft conseguem encantar seus jogadores durante horas a fio?

Como o ambiente corporativo pode se beneficiar destes mecanismos para motivar seus funcionários e tornar o trabalho mais atraente e estimulante? Como estender isso para clientes e usuários?

Aprenda a usar a jornada do herói, emblemas, pontos, rankings, avatares, moedas virtuais e um completo arsenal para chegar lá. Conheça também o conceito de fluxo; os mecanismos de onboarding e scaffolding; as diferenças entre serious games, teoria dos jogos, videogames e Gamification; motivação intrí­nseca e extrí­nseca e muito mais.

Oito capí­tulos apresentando várias aplicações, os tipos de motivação existentes, quatro frameworks para criar o seu projeto de Gamification, ensinando como vender o peixe para sua diretoria, sugerindo outros livros e exemplos de projetos bem-sucedidos no Brasil e no exterior.

Livro obrigatório para qualquer gestor do século 21.

Recife e Goiânia, breve Cohen por aí­.

27-28-29 de julho em Recife

11 de agosto em Goiânia

Abs

EL CO

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