Literatura lida no primeiro trimestre de 2016

O que tio Cohen leu e compartilha com você, querido leitor

Business-Defined IT na Era dos Aplicativos: Inovando diariamente

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Já escrevi sobre o lançamento deste livro do Ricardo Mansur e como ele foi entregue “de graça” — literalmente — aqui no blog. Quem perdeu, perdeu a chance de economizar… Treze reais!

Esplêndida obra. E é por isso que encabeça a lista desse artigo.

Ele faz o que o povo não consegue devido a um dia a dia atribulado:. enxerga na frente. E, entre outras coisas, apresenta como será o Service Desk do futuro (sem atendentes, com rotinas de reconhecimento de voz e inteligência artificial a mil e muito mais gente trabalhando na área). Yeah, mais gente!

Não entrem em pânico, desde que já iniciem a estudar Big Data e outros temas citados na obra.

Também demonstra como o cálculo do PIB norte-americano desdenha certos fatores e como será alavancado logo ali adiante por itens hoje não contabilizados, como aplicativos tipo Uber, AirBnB e outros.

É uma dramática análise de nosso futuro.

Segundo a empresa de consultoria McKinsey, 65% das tarefas de um atendente de suporte técnico podem ser automatizadas com as tecnologias existentes. E se há alguns anos atrás não imaginávamos os smartphones e apps e isso aconteceu em um í­nfimo espaço de tempo do gênero humano, conseguem pensar no que vem pela frente?

O Mansur sim.

Compre e leia. E depois venha discutir.

A mente organizada: como pensar com clareza na era da sobrecarga de informação

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Meu projeto do livro de Psicologia em Help Desk e Service Desk foi suspenso devido a uma gigantesca demanda sobre o tema métricas.

Satisfeita esta necessidade do mercado, retorno ao meu assunto preferido dos últimos tempos: o ser humano atendendo e sendo atendido por centros de suporte. E isso envolve também os gerentes e suas técnicas para convencer arriba, abajo, al centro, adendro!

A obra do Daniel Livitin, A mente organizada, é muito generosa por que explica como nos organizarmos em nossas casas, no mundo social, em nosso tempo, no mundo dos negócios, como tomar as decisões mais difí­ceis, o que ensinar a nossos filhos e muito mais.

Mas não é a porra bosta droga de um livro de auto ajuda que só fala o já sabido.

Ele envolve questões de psicologia e neurociência com uma abordagem simples e clara, sem aprofundar em expressões biológicas confusas e totalmente irrelevantes para nós, personagens de suporte técnico. Até por que não irí­amos entendê-las, kkk.

  • Qual a diferença do modo focado e do devaneio? E como cada uma nos traz benefí­cios e como provocá-los?
  • Por que ter um lugar certo para chaves em casa e como isso desanuvia (ui, lindo isso!) a nossa mente de preocupações?
  • Por que fazemos generalizações?
  • Por que responder a um e-mail é irresistí­vel exatamente quando estamos frente a uma tarefa que exige planejamento e concentração (dica: responder um e-mail tem o mesmo efeito no cérebro que o chocolate)?
  • Qual a dica para amenizar o jet lag sob o prisma biológico?
  • Por que fazer logo pela manhã a tarefa que consideramos mais chata e importante? Como tomar decisões árduas principalmente sobre nossa saúde (as sacanagens de manobras com estatí­sticas)?

Vai ler…

 

MAKERS — a nova revolução industrial

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A economia além da Web, pela mesma estimativa, gira em torno de USS130 trilhões. Em suma, o mundo dos átomos é pelo menos cinco vezes maior que o mundo dos bits.

Chris Anderson (o mesmo autor de Cauda Longa e Free, o futuro dos preços) explica em sua nova obra MAKERS, a nova revolução industrial como as impressoras 3D e o compartilhamento de projetos sob forma de código aberto irão revolucionar o mundo.

Começa narrando uma história do seu avô: o mesmo tivera uma ideia para um irrigador automático de gramado e como não tinha grana para produzir e vender, acabou vendendo a patente para uma empresa que explorou a ideia e faturou milhões.

Agora é diferente. O sujeito cria, executa o projeto e inclusive comercializa via internet. Tudo por sua conta.

Olhem só: as impressoras 3D permitem aos fabricantes de jatos imprimirem peças em ilhas remotas quando são necessários reparos no avião naquele local graças a essa nova tecnologia. Baixa o design da peça via internet e imprime-a (existem vários formatos) por lá mesmo.

Como a produção de um buzilhão de produtos agora ficou mais fácil, pois o sujeito imprime um modelo em casa e, se tudo OK, envia para os correios (norte-americanos, claro) que imprimem a peça na cidade do destinatário e entregam para ao mesmo. A fudê!! Sensacional!

As mega fábricas desaparecerão (exagerei, algumas continuarão). A produção voltará para os EUA, retornando da China (talvez alguma coisa ainda reste por lá). As placas Arduino permitirão construir em casa dispositivos de controle para qualquer coisa.

O mundo vai mudar pra caralho valer. E você vai assistir isso por que é já!

ZAG — a estratégia número 1 das marcas de sucesso

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Revisitei o livro do Marty Neumeier denominado ZAG.

Ele é antigo — de 2008 —, mas ainda cheio de boas sacadas para quem é empreendedor ou possui uma pequena empresa.

Destrincha a poluição conceitual que existe no mercado para fixar uma marca, explica que é um bom ter um antagonista e que este deve ser o lí­der de mercado, relembra trechos de outros autores (“Como costumam declarar os estudiosos de posicionamento, Jack Trout e Al Ries, a maior vencedora não é aquela marca que entra primeiro no mercado, mas aquela que penetra na cabeça das pessoas.“), caracteriza os estágios das empresas naquele jogo de “pedra, tesoura e papel” e muito mais.

A sabedoria dos antigos

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Não é autoajuda, hahaha. Até por que esse sujeito é o Francis Bacon, reconhecido como o pai da ciência moderna (vai na Wikipedia ou no Google).

Na sua obra A sabedoria dos antigos ele cata vários mitos da Grécia (Cassandra, Narciso, Perseu, Orfeu, Proteu, Dédalo, Atalanta, Esfinge, etc.) e primeiro apresenta uma pequena narrativa sobre o mito.

Em seguida, realiza uma análise e como este poderia ser adaptado para o mundo atual (dele, claro, mas nada nos impede de contextualizarmos nos anos atuais) e explica como governadores podem se deixar levar por bajuladores, sobre como conduzir uma guerra, etc.

Obviamente trata-se de um exercí­cio de análise, inferência e retórica, o que para mim é muito excitante, pois coloca a “cachola” para funcionar.

E vai que possamos usar tais inter-relações em outras circunstâncias?

Além do mais, podemos aprender história. 🙂

Carta aos escroques da islamofobia que fazem o jogo dos racistas

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Esse livro é uma cacetada em quem vem transformando a expressão racismo em islamofobismo.

Quem escreveu o livro Carta aos escroques da islamofobia que fazem o jogo dos racistas foi o diretor do jornal Charlei Hebdo, aquele que sofreu um atentado terrorista na França por que um tempo antes havia publicado charges de Maomé. E composto alguns dias depois do medonho ato de terror.

Um excerto do texto já ajuda a ter noção do que ele contesta:

Quando uma mulher de véu é insultada e violentada porque está usando véu à moda muçulmana (o inapreensí­vel agressor é geralmente descrito como um skinhead), o anti-islamófobo apoia a ví­tima por sua condição de representante do islamismo, e não por se tratar de uma cidadã discriminada por um fascista em razão de suas crenças.

Para seu defensor, o mais grave é que tenha sido atacada enquanto mulher muçulmana e não enquanto cidadã que tem o direito de se vestir como quiser.

Captaram? Toda forma de racismo é… Racismo!  E assim deve ser caracterizada.

Porém ele não para por aí­ e avança sobre o movimento de “— Quem sabe não publica mais charges de terrorista muçulmano?”.

Ao que ele redargui explicando que não é por que a imagem apresenta um muçulmano que todos devem imaginar-se ofendidos. Se assim fosse não poderiam mais desenhar judeus, africanos, franceses, comedores de cenoura e por aí­ vai.

Puta Baita livro.

Evita caiar em valas comuns do “politicamente correto” e impedir que isso vire uma saia justa contra nossa liberdade.

 

Um cântico para Leibowitz

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Hummm… Uma narrativa bem curiosa este Um cântico para Leibowitz.

Após um holocausto nuclear, vejam só quem protege a ciência (livros): a religião (geralmente há uma guerra entre ambas).

Há uma desarvorada caça aos estudiosos (nada a ver com a queima de livros feita por Hitler, por exemplo, hehe) e os padres são os únicos que podem tê-los, mas apenas para manutenção, sem poder aplicar os conhecimentos ali existentes.

É muito legal ver a imaginação humana (do autor) criar cenas e situações diante de um futuro que, bom, errr, nunca se sabe.

E no final — vou adiantar por que você não vai ler mesmo, dado a forma que anda carregando livros de ITIL, COBIT, etc. — os monges são obrigados a pegar uma nave espacial para levar os livros a outro planeta antes que invadam o santuário do conhecimento e destruam tudo. Bah.

Sobre a decadência da arte de mentir

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Tiro curto.

Mark Twain escreveu esse artí­culo Sobre a decadência da arte de mentir (e que custa 3 pila na Amazon) com uma carga de ironia estupenda.

E já que não posso mais usar a minha própria ironia como dantes (ah, idade, idade), regozijo-me (Cohen, vai pra p… que pariu com essas expressões) com quem a escreve e tem classe para tal.

Aliás, o autor é o mesmo de Tom Sawyer (tá, já sei: nunca leu e nunca lerá) e outros.

De qualquer modo, se aprecia o deboche e quer ver como ele consegue convencer as pessoas que a mentira é necessária, cabe a leitura.

Até por que é curto e rápido. Dá tempo de ler numa viagem de fretado, hehe.

Resumão

mustO livro do Mansur é obrigatório. O do Daniel Livitin idem.

Se está preocupado com o futuro, aproveita o do Chris Anderson (não é Andersen, senão seriam contos de fadas!).

O do Charb — se você faz parte de uma minoria — é leitura obrigatória.

E se não é também, pois faz parte de uma sociedade.

Well…

Comunico aos amigos que estou partindo para a Pení­nsula Ibérica (Espanha e Portugal) dia 15. Não tá fácil viver ao sul do Brazil, nobres amigos.

Mas amanhã ainda dá tempo de um tirinho até Petrolina/PE e retorno a tempo do Congresso do HDI que acontecerá em maio!

Abrazon

EL CO

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