Minha lista de 2010 – parte 2

Continuação da lista de livros que li (reli) em 2010

Entonces. A coisa continua com mais uma penca de literatura. Acompanhe a continuação da minha lista de 2010.

Managing

Livro que gerou comentários do Fernando Baldin no artigo anterior.

E o seu comentário é definitivo:  “Gostaria de acrescentar o Livro Managing de Henry MintzBerg ele desmistifica o papel dos gestores e passa a nos fazer acreditar que aquela correria do dia a dia, a ansiedade, a tendência para a ação não é um erro dos gestores, mas sim uma caracterí­stica natural para esse tipo de trabalho!

Artigo no blog do livro em Das coisas que um gerente deve fazer.

MBA? Não, obrigado!

Do mesmo autor do livro acima, Henry Mintzberg.

Nesta obra ele explica a inutilidade dos cursos MBAs. Eles se devotam a dar noções gerais de negócios para os alunos. Noções essas que serão inúteis no dia-a-dia, quando deverão administrar empresas.

Claro, o autor criou uma série de cursos para administração no cotidiano, falando de problemas reais enfrentados e apresentados pelos alunos. E não “estudo de casos” genéricos.

100 obras-chave de filosofia

Quem souber de uma pós-graduação em filosofia, me avise.

Gosto bastante do tema e essa coletânea apresenta, em duas páginas para cada obra, um resumo apresentando referências, problemática e as teses essenciais de cada filósofo em questão.

O acabamento da edição é muito bom.

As letrinhas é que poderiam ser maiores, hehe.

Índice por filósofo, cronologia e outros detalhes mostram que foi um trabalho esmerado.

A cabeça de Peter Drucker

Jeffrey Krames é mais um autor a explicar os conceitos e ideias do mestre Drucker. Ano passado – 2010 – ele, Drucker,  completaria 100 anos.

Aconteceu no mercado editorial um dilúvio de textos com as mais variadas interpretações de seus conhecimentos pela “cabeça” dos outros.

Aqui tem mais um. Gostei mais desse do que dos outros. Não é à toa que a editora Sextante – só pega campeões de vendas – decidiu por sua publicação.

A Cabala do dinheiro

O rabino (moderní­ssimo, até surfar ele pratica) Nilton Bonder explica por que ganhar dinheiro é bom.

Por que ficar rico vale a pena e como Deus aprova essa opção. Em especial por que permitirá ajudar a comunidade em que se insere o sujeito.

Claro, tem esse porém. Mas é bem melhor do que a concepção cristã de ser humilde e pobre, não?

Enriquecer é mais que um direito, constituindo-se num dever, e que combater a escassez em casa e no mundo é a missão do ser humano. Mas hein?

A vida que vale a pena ser vivida

Comprei na saideira de 2010 e li quase todo no voo de Campinas a Porto Alegre.

Os dois autores dão de relho (expressão gauchesca) nas obras que oferecem as “10 lições ou 7 hábitos que garantem a felicidade”. Isso por que cada pessoa é uma pessoa e tem seus próprios interesses e idiossincrasias.

Além disso, ambos fazem uma relação direta entre filosofia e a vida cotidiana muito legal, pois geralmente as obras filosóficas ficam “lá no outro lado” e a gente não consegue ver isso em nossa vida prática.

Esse book ajuda muito nisso. Bem legal.

Teoria e polí­tica da ironia

Comprado em 2002 por sugestão do escritor Luiz Antonio de Assis Brasil, somente em 2010 fui ler.

Patinei pra caramba, apesar do meu alto interesse, pois ironia é coisa fina, hehehe.

Confesso que quase me afoguei na teoria e consegui escapulir da leitura graças à patroa que chamou para o jantar. E não voltei mais a ler, pois não é pra minha bola, hehe.

Voltaremos. Em tempos de paz e tranquilidade. Por que ironia me seduz. É a arte de se dizer o contrário do que se quer dar a entender, segundo o Houaiss.

O estilo Jack Welch de gerir

Jack “Neutron” como ficou conhecido – por implodir setores e fica apenas com os recursos materiais – foi o “cara” desse novo século. Em termos de gerenciamento.

Stuart Crainer fez uma classificação das 10 principais lições que o Jack implantou. Bem simples de ler. Bem difí­cil de implementar em pequenas e médias empresas. Claro, de imediato.

As concepções são boas, mas precisam ser mastigadas antes de implementadas.

Fazendo a estratégia funcionar

Gulp.

350 páginas roendo o osso de por que as coisas não dão certo, apesar dos departamentos realizarem um maravilhoso planejamento.

Na linha do “Execução” do Larry Bossidy e Ram Charam, O autor considera sua obra uma complementação desse livro citado, por que  é mais completo e mais profundo nas considerações.

A leitura é mais pesada, vai por mim. Leia Execução primeiro. Esse tema faz parte do nosso curso de gestão de suporte.

Chega de desperdí­cio

Nunca teremos o suficiente“.

A busca desenfreada pela satisfação nos levou a produzir mais comida, mais objetos e até mais informação do que somos capazes de consumir.

A ideia do autor é que refreando nossos hábitos pelo consumo exagerado, seremos mais felizes. E em alguns aspectos ele tem plena razão!

Aliás, foi através dessa obra que cheguei até Charles Handy, então desconhecido para mim. Agora é meu segundo autor preferido, após Drucker.

T.I. Mudar e Inovar

Um lance de alto risco. Que não deu certo.

Transmitir os conceitos da versão 3 do ITIL através de uma novela. A ideia é esplêndida e sensacional.

Comentei no blog neste artigo. Uma empreitada que exigia conhecimento de escrita de ficção com conhecimento de ITIL.

Sobrou, a meu ver, uma excelente literatura em português da versão 3. Mas a parte ficcional não colou, a meu ver.

Chega

OK, a nova geração não consegue nem ler dez páginas sem clicar no mouse, fuçar no smartphone, espiar o facebook e aqui estou eu a escrever aos velhos.

Lamento apenas não ter investido mais na literatura de ficção. Mas temos 2011 pela frente, pois!

Abração,

EL Cohen

 

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