Vamos lá.
Como sabem (ou não), eu observo o ano inteiro empresas e personalidades que se destacam na área de suporte técnico.
Já levaram meus parabéns desde algoritmos como o ChatGPT, empresas feito a Penso até pessoas como o Renê Chiari. Pela influência, trabalho, exemplo e colaboração em nossa área.
Neste ano deu empate.
Duas figuras tomaram rumos diferentes, mas ambos chamativas o bastante para arrancar aquele “baaaaaaaaaaaaah” — o tipo de reação que desce até o último subsolo do shopping, justamente onde só há vaga quando PQP a gente tá com pressa.
Em ordem alfabética, como manda o figurino, mas não necessariamente em ordem de espanto.
Garra Tech

É um MSP, tipo de empresa que cuida do ambiente de TI, digamos assim, de outras empresas.
A Garra Tech tem sede na cidade de Feliz/RS — e nunca o nome da cidade me pareceu tão irônico e adequado.
A empresa é enxuta, modesta no tamanho, mas irritantemente teimosa na disciplina. Mas fez um movimento exemplar ao longo dos recentes anos.
- Fechou sua loja de informática
- Encerrou seus serviços de break-fix (consertar equipamentos)
- Abandonou as dores-de-cabeça na prestação de serviços pra pessoas físicas
E concentrou-se em serviços de algo valor agregado e grande produtividade:
- Atualização de patchs no parque do cliente
- Garantia de backup (e restore)
- Atualização de antivírus etc.
Aparentemente parece uma coisa simples. Mas não.
É muito, muito doloroso abrir mão de serviços que garantem faturamento.
Fizeram um abandono progressivo, orientado por metas e não por decisões súbitas.
Mas o principal nesse movimento é que me recorda a frase de Peter Drucker, pai da administração moderna:
“Se já não estivéssemos dentro, entraríamos nesse negócio agora?”
Isso significa que alguns serviços dão dinheiro, mas não oferecem escalabilidade. Tampouco lucro decente. Lembrando que receita não é o mesmo que lucro.
Então, parabéns à Garra Tech pela jornada.
E seus diretores ainda têm a delicadeza de compartilhar tudo isso com a comunidade, o que é quase um altruísmo revolucionário na área.
Verdanatech

Pegando um voo direto de 4 horas daqui do fim do mundo se chega a Recife/PE, centro do Brazil. Eis a Verdanatech com uma ousadia de laboratório de alquimia (boa essa!).
Pegaram o GLPI — um open source estável, conhecido, competente para ITSM — e transformaram o bichinho numa espécie de versão turbinada, com mais músculos, mais funções, mais possibilidades.
Ah, tá bom! Não reinventaram a roda.
Só meteram ali uma suspensão inteligente, motor elétrico e um painel que o usuário entende. Criaram add-ons, criaram SaaS, um agente cognitivo — Gata Verde — etc.
E o melhor e que dá muito trabalho para os clientes: tiraram dos ombros deles o fardo das instalações, configurações e atualizações.
A minha expectativa é que fosse um fracasso, hahaha.
Graças a Deus (ou a eles), furei a previsão.
Eles trabalharam bonito.
- Criaram um canal no Telegram para explicar GLPI a qualquer um.
- Atualizaram o livro sobre Gestão de Serviços, publicado por um dos sócios.
- Conquistaram um belo mercado de norte a sul graças a muito trabalho, viagens — mas nunca vieram me visitar eu já os visitei!! —, videoconferências, forte trabalho de marketing e…
- Agora estão invadindo o mercado de Portugal.
Rá! Vamos transformar a Europa em colônia, revertendo o processo.
Conclusão
Se Garra Tech mostrou coragem pra abandonar receita (coisa difícil para a maioria dos MSPs), a Verdanatech mostrou uma baita ambição.
Cada uma do seu modo, ensinou maturidade profissional mais do que muitos cursos (exceto os meus, claro!!), palestras motivacionais e jargões envernizados que pipocam no Linkedin.
São exemplos reais. Palpáveis. Desafiam a tendência de confundir movimento com progresso.
Lembrete
É dezembro. Hora de por seus analistas em treinamento.
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