Hoje é quarta, não é sexta, mas tempora_ria_mente é dia do esculacho.
Essa notícia chegou aos trambolhões na minha caixa de entrada. Precisei fazer um traceroute pra não mamar em fakenews.
E é verdade: 700 técnicos foram despachados para que o chatbot atendesse em seus lugares. Um fiasco feito Copa 2014: Brasil 1 x 7 Alemanha.
URLs das notícias
- 03/06 — UOL – Fintech desiste de IA para atendimento a clientes e contrata ‘uberizados
- 08/05 — Bloomberg – Klarna Slows AI-Driven Job Cuts With Call for Real People
Resumo:
Klarna, empresa sueca de pagamentos e assistente de compras, mandou embora 700 técnicos de suporte. Trocou tudo por IA. Se deu mal. Os clientes detestaram a dificuldade em resolver seus problemas com ela. A empresa aposentou a IA — no atendimento — e contratou técnicos estilo “Uber”: paga por chamado.
Esculachando o esculachado
A Klarna, fintech sueca, resolveu que empatia é cara demais.
Demitiu 700 almas e pôs uma IA no lugar — um frankenstein corporativo que respondia com a emoção de um pão mofado. Um oráculo de Delfos, versão startup.
Os clientes, claro, odiaram. Pobres algoritmos: são ótimos em cálculo, péssimos em compaixão.
Mas o recuo não veio por consciência — veio pelo barulho.
Então a empresa fez o que toda organização visionária faz quando falha no futuro: reinventa o passado. Recontratou gente. Só que sem crachá, plano de saúde ou carteira de trabalho. Não voltou aos empregos formais.
Contratou “uberizados”. Ou “ifoodiados”? Gente com CPF ativo e CLT inativa.
Esses novos “colaboradores” são pagos por atendimento. Ou seja: se o cliente não ligar, o trabalhador não janta. A precariedade virou inovação. No Excel da diretoria, isso se chama “redução de custos operacionais com flexibilidade escalável”.
Em português claro: miséria gamificada.
E a plateia aplaude. A lógica do mercado é tão sedutora quanto um culto. A empresa rompe com o emprego tradicional, mas exige performance de robô e sorriso de atendente do século passado. A escravidão agora vem com layout limpo e botão de feedback.
Mas sejamos justos: a IA não deu conta. E isso é meio irônico… os robôs foram demitidos por não serem humanos o suficiente, e os humanos foram recontratados.
A sacanagem: IA foi substituída por humanos que aceitaram ganhar menos que ela.
A grande tragédia não é a substituição do homem pela máquina. É a transformação do homem em máquina.
Um que atende, executa e aceita. A gig economy é o feudalismo em versão app. Senhor feudal virou CEO. Vassalo agora tem smartphone — e péssimo Wi-Fi.
No fim, a Klarna não falhou em tecnologia. Falhou em humanidade. E não há IA que corrija isso.
Aliás, quem precisa corrigir é a gente.
O que é isso, Gartner?
O Gartner que é visionário feito um profeta, mas se baliza por fatos, também alerta.
Lembra a música de 2000 do grupo Tchakabum: “Olha a onda, olha a onda!”
A onda de substituir humanos por IA e depois… dar pra trás quando os clientes abandonam.
O Gartner publicou em 10 de julho de 2025:
Clica na imagem acima para visitar a previsão.
E Cezar Taurion, guru especialíssimo em IA, respeitadíssimo profissa da área e ex-IBM, escreveu em relação à previsão do Gartner:
“Essa análise é uma ducha de água fria naqueles entusiastas que entraram de cabeça na ideia de substituir humanos por IA no atendimento aos clientes.”
Leia o texto do Cezar no Linkedin.
Sugestão
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Grande abraço a todos.
Hoje tem jogo do Grêmio. Na repescagem da Copa Sulamericana. Torcer pra esse time virou esporte radical — risco constante de ataque de riso ou de nervos.
Abrazon
EL CO