Cohen, um epígono de Nino Albano

Antes que fiquem a pensar coisas erradas, epí­gono pode ser considerado um “discí­pulo ou continuador de uma escola“, segundo o Houaiss.

Muitas expressões, de tanto uso cotidiano, acabam se tornando verbos! Normalmente conhecidos como neologismos.

Então poderí­amos dizer que “Eu Ninei“!

Assim como fotocopiar virou xerocar, ir ao mercado comprar uma gilete (e não uma lâmina de barbear) e assim por diante, eu segui a linha do Nino Albano!

Afora a provocação realizada pelo bacana em seu blog:

https://hdibrasil.com.br

Explicação da expressão

Nino Albano é louco por Harleys, as legendárias motocicletas norte-americanas. E eu, pelas Hondas, fabulosas máquinas lotadas de tecnologia dos japoneses. Ele tem até tatuagem da marca pelo corpo. Eu não! E acho que não vou ter. Não sou tão passional assim (ele é italiano, compreende-se).

Não é de hoje que sabem que comprei uma bigtrail Varadero em 2008:

https://www.4hd.com.br/blog/2008/08/12/the-book-is-on-the-table/

A questão é: a patroa não gostou.

E como são elas que mandam no mundo, literalmente phodeu (ou não mais!).

Assim, ontem fiz 620 kms de Porto Alegre até Joinville para realizar uma troca da minha moto por outra. E outros 620 kms – no mesmo dia – retornando pra casa.

Agora, a SCANDALOSA, nova moto da famí­lia, está em casa. E a GALÁXIA, em Arapongas, Paraná, se preparando para uma viagem ao Chile.

Abaixo, uma foto da SCANDALOSA:

Agora faço parte do time do Nino: pilotos de Harley…

Da experiência de dirigir

Pânico geral…

  • FREIO – Na Varadero, ele fica sob a planta do pé direito. Na Harley, é um pedal tí­pico de carro. Várias vezes no retorno – imaginem a situação – eu pisava firme com o pé direito sobre a plataforma. Sapateava. E a moto não parava! Depois de alguns segundos lembrava que era preciso enfiar o pé no pedal!!! Na chegada, quase estourei o portão – em declive – por ficar pisoteando a plataforma. Mudar hábitos é complicado.
  • CURVAS – Nas curvas, a Varadero entrava, saia e a gente nem percebia. Com a Harley, a plataforma raspa. Plataformas são suportes para os pés que parecem travessas de alumí­nio, aquelas de salada, sob os pés. Feitas para dar conforto, mas que prejudicam a inclinação nas curvas.Mais: ao inclinar a moto na curva, a roda da frente vai para um lado. A traseira, para outro. Em seguida, em comportamento de cobra, a da frente muda de ideia, em conjunto com a traseira, fazendo um serpentear maluco. É como se a moto saracoteasse. Imaginem um rodeio em que o sujeito agarra o chifre do animal (e na moto é isso mesmo), torce prum lado, o bicho pro outro.
  • PAINEL DE INSTRUMENTOS – Na Harley fica sobre o tanque. Na Varadero, sob o para-brisas. Na Harley, se quero ver a velocidade ou outra informação, preciso tirar a vista da estrada e mirar o tanque. Já viram, né? Assim, saquei que o lance com ela é “passear”, nada de performance.
  • TANQUE DE COMBUSTÍVEL – O tanque é pequeno, comparado com a Varadero. Nessa, dava pra fazer 500 kms sem parar. Na nova, 300. Ou seja, moto pra véio que precisa fazer xixi toda hora (não cheguei nessa fase ainda, mas já estarei com a moto certa, hahaha).
  • POSIÇÃO – Na Varadero, a posição do piloto é de um cavaleiro. Coluna reta, pernas pressionando o “ventre” do animal. Na Harley, pés lá na frente, coluna largada pra trás, beeem folgadão.
  • EGO – Na Harley, cada estacionada leva o ego ao espaço. Todo mundo olha, vê, elogia e tal. Na Varadero, comentário máximo: “alta né?”.
  • SOM –  na Harley, parece que a gente dirige um caminhão. Na Vara, um Citroen silencioso.
  • CONFORTO –  a posição dos bancos e guidom da Harley dão de dez a zero na Vara. Na ida, cheguei com dores nos braços. No retorno, nada.

OK, parece que gostava mais da Varadero do que da Harley.

E é mesmo.

Mas na vida a gente tem que abrir mão de algumas coisas em prol de outras. É sempre um jogo de opções. E, se pra retornar aos passeios de sábados com a patroa é preciso trocar uma Ferrari por um calhambeque estilo Roberto Carlos, vamos nessa!

Abrazon

El Cohen

5 comentários em “Cohen, um epígono de Nino Albano”

  1. Fabrício D'Agostin

    Moro em Joinville, deveria ter me avisado para tomar um café! hehe
     
    abs.
     
    ótimo blog!

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