Uma tragédia gauchesca baseada em uma esperança messiânica

Um dos maiores crimes lesa pátria no Sul não é impeachment, mas queimar carne!

Quase dez anos me mantive em um vão comportamento messiânico:

service_now_logo-mQue algum dia meu amigo Mauricio Machado, um Senior Engagement Manager (a la putcha que vou levar um par de anos para descobrir o que significa isso em português) da empresa Service Now, aportasse aqui pelos pampas para me acompanhar num trio de horas a saborear um churrasco.

Vergonhosamente (que não me falem nada aos meus hermanos gaudérios) tomei-me de súbita desonra e, a gosto do amigo que é teimoso feito goteira de casa velha, torrei a carne.

Sim, ela foi pra mesa sem sangue, nada jugosa, nem suculenta. Parecia um muro. Fechou o pau com a vizinhança quando perceberam cheiro de carne torrando.

Mas gosto é gosto e eu não vou convencer paulista disso.

 

mauricio-c

Como todos sabem, churrasco de gaúcho não tem salada. Não tem arroz, nem feijão.

Não tem salada de maionese com batata.

É só carne.  No máximo, uma cebola no espeto.

Aliás, tudo vai no espeto, nada de grelha que isso é coisa de paulista. E é à carvão, também não presta gás ou outras invencionices. Até por que quem usa gás é que nem lagartixa, nunca chega a jacaré, hehehe.

Importante citar que em meu paí­s, Rio Grande do Sul, sempre se exige um copito de pinga pra aquecer os motores.

Pois lá estavam eu, ele e mais o nobre companheiro Williams Medeiros, outro com um cargo tão pomposo na ServiceNow que se eu escrever, dobro a lí­ngua e acabo pior que tombo com a mão no bolso.

lv_sapiensDaí­ que reunimos um judeu (que sou eu), um quase-pastor da Assembleia de Deus (que é o Mauricio, já escancaro sua natureza religiosa logo de vez) e mais o Williams (que entrou nessa de lambuja, mas sei que é português quase da gema) e passamos aquele quarteto de horas num debate sobre:

O mundo atual; as crias; por que a América se chama América; como é que crianças com 12 anos já usam iPhone 6XL Plus; por que é que eu estava empurrando a leitura do livro Sapiens: uma breve história da humanidade (Oigalê! 450 páginas muy macanudas!); os rumos do HDI Brasil, do 4HD, da minha diretoria; de como foram os tempos do Williams em Angola; do Mansur e da inteligência artificial, computação preditiva e cognitiva, aplicativos gratuitos para asilos, etc.

E vinho aqui, vinho lá, cerveja aqui, cerveja lá, a sorte dos tauras é que tinham reunião somente pela tarde. Mas claro, não esqueçamos que em casa de patrí­cio só rola uma garrafa de vinho a compartilhar entre três e mais duas cervejas Polar, no máximo (até por que com esses tempos de crise, andamos mais apertados que sardinha em lata)!

De inhapa, uma carrada de chocolates para adoçar esta lida e um café de chaleira falsa.

Buenacho, fica o registro.

Obrigado amigos por terem vindo ontem.

E encerro com recomendações de Homer Simpson a seu filho Bart:

Três frases para facilitar sua vida:

— Segura pra mim.

— Já estava assim quando eu cheguei.

— Bem pensado, chefe!!!

Kkkkkk

Abrazon

EL Cohen

3 comentários em “Uma tragédia gauchesca baseada em uma esperança messiânica”

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