Soft Skill sem competência é nada!

Se o técnico de atendimento tem habilidades interpessoais, mas não tem competência, o resultado é ZERO!

Todo mundo sabe que a galera de informática tem certas dificuldades de relacionamento com as outras pessoas. O tesão pela lógica, pelo desafio computacional etc. é tão grande que sobra pouco espaço para desenvolver outras competências.

Daí­ que muita gente bate na tecla que eles, os técnicos de atendimento, precisam desenvolver mais suas “soft skills”,  expressão divulgada pelo HDI e que corresponde às competências interpessoais como: saber ouvir, ser gentil, empático etc.

Yeah, é por aí­ mesmo o caminho. Como ajudar usuários a resolverem seus problemas de tecnologia se o sujeito que as atende é um nerd: pouco vocabulário, um tanto lacônico e irritadiço com gente que conhece pouco de informática?

Porém…

Porém, isso não é tudo.

Por que um técnico de atendimento que é cordial, tem boas maneiras e excelente educação, mas não tem competência ou capacidade para resolver o problema do cliente, é um desastre.

Pequena história para ilustrar (conto ela nos meus cursos):

Minha esposa fez uma reserva em pousada na serra gaúcha para o dia dos namorados. E dentro do pacote turí­stico, um jantar romântico no sábado. A pessoa que nos recebeu no check-in foi a própria filha do dono da pousada. Uau, que coisa legal! Muito amável, explicou-nos tim-tim por tim-tim o funcionamento de tudo.

Mas no sábado à noite…

Quando descemos para o restaurante, percebemos a superlotação. Um garçom improvisado (alguém que no cotidiano deve colher uvas na região), perguntou nosso nome, procurou em papeizinhos escritos sobre as mesas e não encontrou. Lá pelas tantas me irritei, juntei uma mesa e comecei a enfeitá-la, removendo os adereços de outra mesa.

Nisso chegou a moça, filha do dono. Pediu mil desculpas, foi delicada, explicou que não esperava tanta demanda, blá blá blá, mas… Não resolveu o problema e fomos jantar noutro lugar.

Então? Não adianta o técnico ser “queridinho” se não resolve o problema!!!

E o pior: essa é uma situação comum na maioria dos centros de suporte.

Como o gestor não consegue treinar o novo técnico (se tirar alguém do atendimento para ensiná-lo, perde dois, em vez de um), ele vai para o atendimento cru de conhecimentos. E nu. E quando rola o problema, o cliente saca que ele não manja nada do aplicativo e pede por outro técnico. Que acaba ficando soterrado por mais e mais chamados.

E então?

Então que um curso de soft skill não será a “salvação da lavoura” se você, gestor, não pensar no todo. Como o problema que acima apresentei. É como matar cupim de um móvel e deixar noutro. Logo, logo, tudo estará destruí­do.

Abrazon

EL CO

 

 

 

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